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Era uma terça-feira comum. Café na mesa, planilha aberta, reuniões programadas. Até que o telefone toca:
— Doutor, tem um fiscal aqui na porta. É sobre aquele contrato com o fulano que é PJ…
A cena pode parecer exagerada, mas está longe disso. Se você é empresário e tem contratado pessoas jurídicas para prestar serviços regulares à sua empresa, é melhor continuar lendo com atenção.
Vamos falar sobre pejotização, um tema que está no centro do debate jurídico trabalhista e que, agora, ganhou os holofotes com uma decisão importante do STF.
Pejotização é quando uma empresa contrata uma pessoa física por meio de uma pessoa jurídica, ou seja, um CNPJ, com o objetivo de evitar o vínculo empregatício previsto na CLT.
Essa prática pode ser legítima, quando realmente se trata de uma relação entre empresas autônomas, sem subordinação, controle de jornada ou habitualidade.
Mas… quando o prestador trabalha todos os dias, recebe ordens, tem horário fixo, só atende à sua empresa e depende exclusivamente de você para o sustento? Nesse caso, estamos diante de uma pejotização fraudulenta. E aí, o risco jurídico é grande.
Em abril de 2025, o Supremo Tribunal Federal suspendeu todos os processos trabalhistas no país que discutem pejotização. Isso mesmo: tudo está parado até que o STF dê a palavra final.
A decisão foi tomada pelo Ministro Gilmar Mendes, no julgamento do Recurso Extraordinário 1.532.603 – PR. O Supremo reconheceu que a discussão tem repercussão geral, ou seja, o que for decidido ali vai valer para todo mundo.
A paralisação dos processos envolve:
Tudo isso está sendo revisto. E as decisões do STF tendem a moldar o futuro das relações de trabalho no Brasil.
Significa que se você tem ações trabalhistas em que um ex-colaborador pede reconhecimento de vínculo e você o contratou como PJ, seus processos estão suspensos.
Mas atenção: isso não é um alívio, é um sinal de alerta.
O STF está olhando com lupa para a prática da pejotização. Dependendo do resultado, o entendimento atual pode mudar radicalmente. Se o Supremo flexibilizar, ótimo. Mas se endurecer, as empresas que agiram de má-fé (ou por falta de orientação) vão pagar caro.
Reveja seus contratos: O prestador tem autonomia real? Ou na prática é um empregado disfarçado?
Documente tudo: Tenha registros que demonstrem a independência da atuação do PJ.
Evite contratos genéricos: Cada relação de trabalho é única. Contratos prontos da internet podem te colocar numa fria.
Tenha assessoria jurídica trabalhista: A diferença entre segurança e prejuízo pode estar em uma boa orientação.
Se você já está sendo processado e o tema é pejotização, oriente seu advogado trabalhista empresarial a pedir a suspensão do processo com base na decisão do STF. Isso evita decisões precipitadas enquanto a Corte não julga a questão.
Pejotização pode ser uma estratégia empresarial válida se for bem feita, bem contratada e bem justificada. Do contrário, vira passivo trabalhista, dor de cabeça com fiscalização e um rombo no caixa da empresa.
Se você ainda está tentando resolver isso sozinho ou usando modelos genéricos, está correndo um risco desnecessário.
Nós somos especialistas em Direito Trabalhista Empresarial. Ajudamos empresas a estruturar suas contratações, revisar contratos e prevenir litígios trabalhistas.
Agende uma reunião com nosso time. Vamos analisar seus contratos e te orientar sobre como continuar crescendo com segurança jurídica.