A escala de trabalho 6×1, comum em diversos setores no Brasil, tem sido alvo de intensos debates — especialmente com a proposta da PEC 6×1, que visa extingui-la. Mas afinal, o que é a escala 6×1 e quais seus impactos para trabalhadores e empresas?
A escala 6×1 é um tipo específico de escala de trabalho. Nela, o empregado trabalha por 6 dias consecutivos e, em seguida, tem 1 dia de folga.
Para ilustrar como funciona a escala 6×1 na prática, veja este exemplo de um empregado de uma loja que abre de segunda a domingo, com jornada diária de 8 horas:
Segunda-feira: Trabalho
Terça-feira: Trabalho
Quarta-feira: Trabalho
Quinta-feira: Trabalho
Sexta-feira: Trabalho
Sábado: Trabalho
Domingo: Folga
Embora o exemplo apresentado mostre um colaborador iniciando sua jornada em uma segunda-feira, a escala 6×1 é flexível. O primeiro dia de trabalho pode ser definido conforme as necessidades da empresa ou do próprio colaborador.
Em outras palavras, o início da escala 6×1 é adaptável, podendo começar em qualquer dia da semana, desde que a folga seja concedida após seis dias consecutivos de trabalho.
A Constituição Federal define a jornada máxima semanal de 44 horas, permitindo a organização do trabalho em diferentes escalas, incluindo a 6×1. No entanto, acordos e convenções coletivas podem prever jornadas e escalas diferentes, desde que respeitados os limites constitucionais e os direitos trabalhistas.
A escala 6×1, embora seja alvo de debates e possíveis mudanças com a PEC 6×1, é bastante comum em diversos setores no Brasil.
É importante lembrar que a escala 6×1 pode ser utilizada em outros setores, desde que haja previsão em lei, acordo ou convenção coletiva, e sejam respeitados os direitos trabalhistas.
A PEC 6×1, de autoria da deputada Erika Hilton (PSOL-SP) , propõe a extinção da escala 6×1 e a redução da jornada de trabalho para 36 horas semanais, sem redução salarial. A PEC ainda está em tramitação na Câmara dos Deputados, mas já gera acalorados debates.
Uma curiosidade que na verdade é um dado importantíssimo acerca da votação da PEC 6×1 é que 70% dos deputados que apoiam a PEC 6×1 nunca foram empregadores!
Das quase duas centenas desses políticos, apenas 60 têm alguma participação societária em empresas que penam para gerar empregos e pagar salários.
A própria autora da PEC, Erika Hilton (Psol-SP), nunca teve empresa que empregue pessoas, mas tem quase R$20 mil aplicados em renda fixa.
Dono da Havan, Luciano Hang, que gera mais de 20 mil empregos diretos, diz que o brasileiro não quer trabalhar menos, quer viver melhor e que seus funcionários desejam oportunidades para trabalhar, crescer e se desenvolver.
Fonte: Diário do Poder
Leonel Paim, presidente interino da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo (Abrasel-SP), afirma que a mudança da jornada de trabalho é inevitável, porém, da forma como é sugerida, irá causar mais impactos aos pequenos negócios no curto e médio prazo.
“O setor de restaurantes, por exemplo, poderiam se adequar a mudança da jornada, mas para muitos estabelecimentos seriam inviáveis, por precisar aumentar os gastos e ter de repassar ou absorver os custos deles. Para os grandes negócios tudo bem, mas o pequeno empresário da área não conseguiria.”
Ivo Dall’Acqua Júnior, presidente executivo em exercício da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), destaca que outro fator além de um possível aumento de custo para empresários de diferentes setores e ao consumidor, é a redução da competitividade.
“Ao reduzir a jornada sem reduzir salário, você está comprometendo os custos da empresa. Grande parte dos empregos no setor de comércio vem de micro e pequenos negócios, que teriam a força de trabalho dos funcionários suprimida em 25% e custos que aumentariam em 40%. Muitas empresas não conseguiriam se adequar a isso, levando a uma queda de competição e ainda mais de produtividade.”
Já João Galassi, presidente da Associação Brasileira de Supermercados, ressalta que a medida seria uma mudança pontual que não faria efeito no panorama do cenário econômico do Brasil.
“Todo debate sobre questões trabalhistas não devem ser isoladas em um único ponto. Temos uma oportunidade de colocar tudo na mesa, a desoneração da folha, a Previdência Social, a jornada de trabalho. Dificilmente uma proposta dessa isolada terá sucesso sem nós olharmos para o todo.”
Fonte: CNN
Nos últimos dias, inúmeras foram as discussões nos meios de comunicação e nas redes sociais sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa reduzir a duração da jornada de trabalho. A propósito, o debate sobre essa temática que envolve um novo modelo de trabalho, assim como o direito à desconexão, já foram temáticas enfrentadas por esta coluna em outras duas oportunidades, sendo uma no ano de 2021 e a outra em 2022. Por isso, não há dúvidas de que este assunto é de suma importância para toda a sociedade.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6×1, que visa extinguir a escala de trabalho 6×1 e reduzir a jornada de trabalho para 36 horas semanais, tem gerado amplo debate em nossa sociedade. Como especialistas em Direito do Trabalho, nós, do DHS Escritório de Advocacia, analisamos a PEC sob diferentes perspectivas, buscando um ponto de equilíbrio entre os interesses de empregados e empregadores, e considerando o impacto na economia do país.
A PEC 6×1, de autoria da deputada Erika Hilton (PSOL-SP) e da deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), busca alterar a Constituição Federal para:
A aprovação da PEC 6×1 trará mudanças significativas para as relações de trabalho e para a economia do país, com impactos positivos e negativos:
Para os trabalhadores:
Para as empresas:
Para a economia:
Em busca de um consenso:
Acreditamos que o debate sobre a PEC 6×1 deve ser amplo e democrático, buscando um consenso que beneficie trabalhadores e empresas, sem prejudicar a economia do país. Algumas alternativas podem ser consideradas:
E você, o que pensa sobre a PEC 6×1? Compartilhe sua opinião e contribua para o debate! Acreditamos que, juntos, podemos encontrar soluções que promovam o bem-estar dos trabalhadores, o desenvolvimento das empresas e o crescimento econômico do país.
Mas, enquanto o debate sobre a PEC 6×1 que ainda está em andamento, e seu impacto nas relações de trabalho é incerto. É fundamental que empresas e trabalhadores acompanhem a tramitação da PEC e se preparem para possíveis mudanças na legislação.
Contar com a assessoria jurídica trabalhista do DHS Escritório de Advocacia é fundamental para empresas de todos os portes e segmentos, em qualquer situação, pelos seguintes motivos:
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